CELESTIAL

COMPOSIÇÃO

1926 (Circa)

1ª PUBLICAÇÃO

1926

Celestial, valsa publicada em 1926 pela Casa Bevilacqua em São Paulo, dedicada "à gentil senhorita Luiza Tosetti". Até 2012, recebeu três gravações comerciais.

Em 1926, Ernesto Nazareth estava em sua turnê de recitais em São Paulo, onde foi amplamente bem recebido por seus admiradores. E foi neste ano que algumas de suas peças mais bem trabalhadas foram publicadas, como os tangos Proeminente, Desengonçado, Quebra-cabeças, e as valsas Dirce, Elegantíssima e Celestial.

Celestial já foi mencionada de maneira destacada na literatura. Em 1963, o musicólogo Jaime Diniz dedicou 13 páginas a uma análise desta música em seu livro Nazareth – Estudos Analíticos. Lá são pormenorizados aspectos harmônicos, formais, melódicos e rítmicos da peça, com alguns compassos da exemplificados. O autor também chama a atenção para o fato de Celestial ser uma das 12 valsas de Nazareth que possuem introdução (de um total de 41).

É interessante observar que Celestial foi interpretada por Ernesto em pelo menos três recitais solo, segundo o biógrafo Luiz Antonio de Almeida:

17/07/1926 no Salão Nobre do Centro de Sciencias, Letras e Artes em Campinas;

7/3/1927 no Conservatório Dramático e Musical, seu último recital na turnê em São Paulo;

19/05/1931 na Rádio Mayrink Veiga, Rio de Janeiro.

Infelizmente as apresentações de Ernesto Nazareth em rádios cariocas foram feitas em uma época em que os programas ainda não eram gravados.